quinta-feira, 30 de abril de 2009

No Brasil, número de internautas cresce 36% ao ano...


Dados da International Telecommunication Union (citados em uma publicação da CEPAL) apontam que no Brasil havia, em 2007, 26 usuários de Internet para cada 100 habitantes. É mais do que Argentina (23), México (21) e Paraguai (4); e menos do que Estados Unidos (72), Japão (73) e Austrália (54).

Por aqui, entre 2000 (quando eram 3 internautas para cada 100 habitantes) e 2007 a taxa de crescimento de usuários da rede foi de 36% ao ano.

Ou seja, a se continuar neste ritmo, em 2012 alcançaremos índices norte-americanos de uso da rede. Resta saber onde estarão eles quando chegarmos lá…


Extraído do Entrementes...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Os bons negócio$ entre o Serra e a editora Abril continuam...


Chicão Dois Passos, em seu blog

http://chicaodoispassos.blogspot.com/

É inacreditável!

É dinheiro, milhões, no bolso dos donos da Editora Abril. Eles estão rindo atoa de felicidade.

O dinheiro dos nossos impostos estão sendo DESPERDIÇADOS com eles.

Quando você abre uma revista do grupo Abril é só elogio ao José Serra: competente, capaz, vitorioso...

O novo negócio entre ele$ é o seguinte:

- Contrato: 15/0149/09/04
- Empresa: Editora Abril S/A.
- Objeto: Aquisição de 25.702 assinaturas da Revista Recreio que
serão destinadas às escolas da Rede de Ensino da COGSP e da
CEI. - Prazo: 608 dias
- Valor: R$ 12.963.060,72 quase R$ 13 MILHÕES
- Data de Assinatura: 09/04/2009.
- Extratos de convênios - Convênio: 54/0443/09/06

Esta revista Recreio é dirigida às crianças. Ela custa CARO, porque junto vem um brinquedinho. Custa R$ 10,00, nas bancas de jornal.

O valor da compra SEM LICITAÇÃO é equivalente ao preço do exemplar na banca, sem descontos. No site você pode assinar com 10% de desconto, e uma segunda assinatura dá direito a 35%.

O governo Serra compra 25.702 assinaturas SEM O DESCONTO dado para qualquer um que fizer a assinatura? É demais. Não é incompetência, é planejamento político.

E mais. O brinquedinho que vem junto vai ser usado como? Vai ficar para quem? É o brinquedinho que torna a revista TÃO CARA.

Vale a pena perguntar:

Qual a relevância curricular para tais compras?

Como será O TRABALHO PEDAGÓGICO com as revistas?

Se é para estimular a leitura, como será feito? Quais livros vão usar? Porque não compram outras revistas de melhor qualidade, como a Ciência Hoje para Crianças?

Perguntei para duas professoras de escolas estaduais de SP sobre estes constantes negócios entre o Serra e a Abril. Elas relataram desperdício de dinheiro e falta de planejamento pedagógico.

A editora Abril ainda tem um ganho indireto de marketing: a revista será apresentada para um público que não costuma compra-la. As crianças, vendo o brinquedinho, que não ficará com ela, pedirão para os pais comprar a revista por causa do brinquedo. Se 5% dos pais fizerem isto, será uma aumento monstruoso de vendas da revista.

Será mais dinheiro no bolso dos donos da editora. Eles ficam felizes, eles agem pensando em dinheiro e poder.

Enquanto isto bons livros NÃO SÃO COMPRADOS.

Bons projetos pedagógicos são desconsiderados.

Boas idéias são destruídas, pois o foco é agir de modo a ajudar os donos da editora Abril.

sábado, 25 de abril de 2009

Será que a Folha publica???


Como a própria folha (em minúsculo mesmo) assumiu que a ficha da "terrorista" Dilma foi enviada via email por um leitor, e ela publicou como verdadeira e ainda inventou uma história de sequestro do Delfim Neto com a participação dela, que tal se alguém mandar para a mesma folha esta foto deste post??? A folha irá publicar??? Será???

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Quanto custa nossos representantes???

Aí está uma das razões da pobreza do nosso país...

Já entrou no site do IDP???


No site do IDP - Instituto Brasiliense de Direito Público, que é de propriedade do Ministro Gilmar Mendes, aparecem na lista de professores desse instituto os senhores Eros Roberto Grau, Marco Aurélio Mendes de Faria Mello, Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto, Carlos Alberto Menezes Direito e a senhora Cármen Lúcia Antunes Rocha (seis Ministros do Supremo). Ou seja, alguns dos Ministros do Supremo também são funcionários, empregados, prestadores de serviço ou contratados, seja lá como possa ser definida legalmente, a relação deles com o IDP do Presidente do Supremo. Também está na relação o Ministro Nelson Jobim.

Será que não estariam ética e moralmente impedidos de se manifestarem acerca do entrevero Joaquim Barbosa X Gilmar Mendes? Nesse caso, não há conflito de interesses já que de alguma maneira os citados têm relação com Presidente do Supremo que envolve remuneração?

Viva o Brasil!!!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ele já era "famoso" há tempos...


FOLHA DE SÃO PAULO, EM 8 DE MAIO DE 2002

SUBSTITUIÇÃO NO STF

Degradação do Judiciário


DALMO DE ABREU DALLARI

Nenhum Estado moderno pode ser considerado democrático e civilizado se não tiver um Poder Judiciário independente e imparcial, que tome por parâmetro máximo a Constituição e que tenha condições efetivas para impedir arbitrariedades e corrupção, assegurando, desse modo, os direitos consagrados nos dispositivos constitucionais.

Sem o respeito aos direitos e aos órgãos e instituições encarregados de protegê-los, o que resta é a lei do mais forte, do mais atrevido, do mais astucioso, do mais oportunista, do mais demagogo, do mais distanciado da ética.

Essas considerações, que apenas reproduzem e sintetizam o que tem sido afirmado e reafirmado por todos os teóricos do Estado democrático de Direito, são necessárias e oportunas em face da notícia de que o presidente da República, com afoiteza e imprudência muito estranhas, encaminhou ao Senado uma indicação para membro do Supremo Tribunal Federal, que pode ser considerada verdadeira declaração de guerra do Poder Executivo federal ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil e a toda a comunidade jurídica.

Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. Por isso é necessário chamar a atenção para alguns fatos graves, a fim de que o povo e a imprensa fiquem vigilantes e exijam das autoridades o cumprimento rigoroso e honesto de suas atribuições constitucionais, com a firmeza e transparência indispensáveis num sistema democrático.

Segundo vem sendo divulgado por vários órgãos da imprensa, estaria sendo montada uma grande operação para anular o Supremo Tribunal Federal, tornando-o completamente submisso ao atual chefe do Executivo, mesmo depois do término de seu mandato. Um sinal dessa investida seria a indicação, agora concretizada, do atual advogado-geral da União, Gilmar Mendes, alto funcionário subordinado ao presidente da República, para a próxima vaga na Suprema Corte. Além da estranha afoiteza do presidente -pois a indicação foi noticiada antes que se formalizasse a abertura da vaga-, o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país.

É oportuno lembrar que o STF dá a última palavra sobre a constitucionalidade das leis e dos atos das autoridades públicas e terá papel fundamental na promoção da responsabilidade do presidente da República pela prática de ilegalidades e corrupção.

É importante assinalar que aquele alto funcionário do Executivo especializou-se em "inventar" soluções jurídicas no interesse do governo. Ele foi assessor muito próximo do ex-presidente Collor, que nunca se notabilizou pelo respeito ao direito. Já no governo Fernando Henrique, o mesmo dr. Gilmar Mendes, que pertence ao Ministério Público da União, aparece assessorando o ministro da Justiça Nelson Jobim, na tentativa de anular a demarcação de áreas indígenas. Alegando inconstitucionalidade, duas vezes negada pelo STF, "inventaram" uma tese jurídica, que serviu de base para um decreto do presidente Fernando Henrique revogando o decreto em que se baseavam as demarcações. Mais recentemente, o advogado-geral da União, derrotado no Judiciário em outro caso, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem decisões judiciais.

Medidas desse tipo, propostas e adotadas por sugestão do advogado-geral da União, muitas vezes eram claramente inconstitucionais e deram fundamento para a concessão de liminares e decisões de juízes e tribunais, contra atos de autoridades federais.

Indignado com essas derrotas judiciais, o dr. Gilmar Mendes fez inúmeros pronunciamentos pela imprensa, agredindo grosseiramente juízes e tribunais, o que culminou com sua afirmação textual de que o sistema judiciário brasileiro é um "manicômio judiciário".

Obviamente isso ofendeu gravemente a todos os juízes brasileiros ciosos de sua dignidade, o que ficou claramente expresso em artigo publicado no "Informe", veículo de divulgação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (edição 107, dezembro de 2001). Num texto sereno e objetivo, significativamente intitulado "Manicômio Judiciário" e assinado pelo presidente daquele tribunal, observa-se que "não são decisões injustas que causam a irritação, a iracúndia, a irritabilidade do advogado-geral da União, mas as decisões contrárias às medidas do Poder Executivo".

E não faltaram injúrias aos advogados, pois, na opinião do dr. Gilmar Mendes, toda liminar concedida contra ato do governo federal é produto de conluio corrupto entre advogados e juízes, sócios na "indústria de liminares".

A par desse desrespeito pelas instituições jurídicas, existe mais um problema ético. Revelou a revista "Época" (22/4/ 02, pág. 40) que a chefia da Advocacia Geral da União, isso é, o dr. Gilmar Mendes, pagou R$ 32.400 ao Instituto Brasiliense de Direito Público -do qual o mesmo dr. Gilmar Mendes é um dos proprietários- para que seus subordinados lá fizessem cursos. Isso é contrário à ética e à probidade administrativa, estando muito longe de se enquadrar na "reputação ilibada", exigida pelo artigo 101 da Constituição, para que alguém integre o Supremo.

A comunidade jurídica sabe quem é o indicado e não pode assistir calada e submissa à consumação dessa escolha notoriamente inadequada, contribuindo, com sua omissão, para que a arguição pública do candidato pelo Senado, prevista no artigo 52 da Constituição, seja apenas uma simulação ou "ação entre amigos". É assim que se degradam as instituições e se corrompem os fundamentos da ordem constitucional democrática.

Dalmo de Abreu Dallari, 70, advogado, é professor da Faculdade de Direito da USP. Foi secretário de Negócios do município de São Paulo (administração Luiza Erundina).

Quem são os capangas de Mendes?



por Luiz Carlos Azenha

A quem o ministro Joaquim Barbosa estava se referindo quando disse que não era um dos capangas de Gilmar Mendes em Mato Grosso?

Sabemos que Mendes adora agradar aos poderosos, especialmente aos brancos de olho azul.

Todos os dias, na TV, vejo presos algemados. Nem um pio do presidente do STF.

Todos os dias somos informados de casos escabrosos de presos que sofrem de doenças gravíssimas -- câncer e Aids, entre outros -- e continuam presos, muitas vezes sem atendimento médico. Nem um pio do presidente do STF.

No entanto, quando se tratou de beneficiar uma empresa que cobra pedágio contestado pela população, entre Ourinhos e Jacarezinho, lá estava o canetaço de Gilmar Mendes para refazer decisões de instâncias inferiores.

Quando se tratou de atropelar os interesses dos indígenas de Mato Grosso e beneficiar indiretamente os amigos do governador Blairo Maggi, lá estava o canetaço de Gilmar Mendes.

O presidente do STF deu pernas a dois "grampos" para os quais ainda não apareceram provas: a "escuta ambiental" sem áudio do STF e o grampo sem áudio da conversa dele, Gilmar, com o senador Demóstenes Torres. São duas farsas que "estrelaram" capas da revista Veja cujo objetivo principal era salvar Daniel Dantas, demitir Paulo Lacerda e afastar o delegado Protógenes Queiroz.

Como é que pode o presidente da mais alta Corte de um país ser co-partícipe de armações tão evidentes?

Agora que Joaquim Barbosa rompeu o silêncio, quem são os "capangas" de Gilmar, em Mato Grosso e fora dele?

terça-feira, 21 de abril de 2009

O jornalismo metódico...


O jornalismo brasileiro continua me surpreendendo.

Sábado último, a Folha de S. Paulo publicou reportagem intrigante.

Em reportagem que abriu uma das páginas da indigitada edição, lia-se o título:

- Dilma questiona autenticidade de ficha.

Abaixo, o que os jornalistas chamam de linha-fina informava:

- Ministra diz que uma das reproduções de papéis publicadas pela Folha sobre sua prisão na ditadura é "montagem recente".

Não era preciso mais. A matéria, evidentemente, referia-se à reportagem publicada em 5 de abril de 2009, que revolveu o passado da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e a apontou como integrante de um "grupo terrorista" que planejou o sequestro do ministro da Fazenda na época da ditadura militar (1964-1985), Antonio Delfim Netto.

Ávido, parto correndo ao texto para ler a explicação do jornal, com a certeza de que se trata de um equívoco de Dilma Rousseff, pré-candidata do Planalto à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

E o queixo cai, entre perplexo e escandalizado, ao percorrer o extenso texto sem nenhum contraponto.

No final, uma nota da redação tenta explicar:

- Tão logo a ministra colocou em dúvida a autenticidade de uma das reproduções publicadas, a Folha escalou repórteres para esclarecer o caso e publicará o resultado dessa apuração numa próxima edição.

Como é?

Então a Folha de S. Paulo, o maior jornal do Brasil, expõe aos seus milhares de leitores um suposto documento histórico, onde a candidata do governo é apontada como sequestradora e assaltante de banco, sem checar sua autenticidade?

Depois, flagrada na prática de seus métodos escusos, promete candidamente escalar seus repórteres "para esclarecer o caso"?

Ora, a tal da investigação não deveria preceder a publicação de tão graves denúncias?

Como sabem os leitores destes humildes Alfarrábios, a matéria repercutiu Brasil afora. Ao menos um outro jornal brasileiro, em editorial, recomendou aos seus leitores que não seria uma "opção segura" votar em uma "assaltante de bancos e sequestradora" para presidente da república.

E ainda querem acabar com as faculdades de jornalismo, deixando a formação dos repórteres nas mãos das empresas.


Extraído do Alfarrábios...

Rede Globo e Daniel Dantas: um caso de polícia...


Não se trata de cobertura dos fatos, se trata de um ataque à consciência dos telespectadores
Na noite de 19 de abril o programa de variedades Fantástico, da Rede Globo, apresentou uma suposta reportagem sobre um conflito ocorrido numa fazenda do Pará, envolvendo “seguranças” (o termo procura revestir de legalidade a ação de jagunços) da fazenda do banqueiro Daniel Dantas e militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Só pude descobrir que se tratava de propriedade do banqueiro processado por inúmeros crimes e protegido por Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, após ter vasculhado algumas páginas na internet em busca de meu direito de escutar o outro lado da notícia, a versão dos fatos dos sem terra, pois na reportagem eles aparecem como invasores, baderneiros, seqüestradores da equipe de reportagem da Rede Globo, assassinos em potencial, e ao final, corpos de militantes aparecem baleados no chão, agonizantes, sangrando, sem nenhum socorro, e a reportagem não fornece nenhuma informação sobre o estado de saúde das vítimas.
Sem ter acesso às causas do conflito, e a nenhum dos dois lados envolvidos, o telespectador se vê impelido a acompanhar o julgamento que o narrador da reportagem e a câmera nos sugere. No caso, tendemos a concordar com a punição dada aos desordeiros: “que sangrem até morrer!”, ou “quem mandou brincar com fogo?!” podem ser algumas das bárbaras conclusões inevitáveis a que os telespectadores serão levados à chegar.
Nós, em nossas casas, consumidores do que a televisão aberta nos apresenta, não temos direito ao juízo crítico, porque o protocolo básico das regras do jornalismo não é mais cumprido. Nós somos atacados em nosso direito de receber informações e emitir julgamentos, nós somos saqueados por emissoras privadas que mobilizam nosso sentimento de medo, ódio e desprezo, para em seguida nos exigir sorrisos com a próxima reportagem.
Como um exercício de manutenção da capacidade de reflexão, precisamos nominar esse tipo de ataque fascista com os termos que ele exige. A ilusão de verdade deve ser desmontada, a suposta neutralidade deve ser desmascarada, caso a caso, na medida de nossas forças.
Seguem questionamentos à reportagem, com o intuito de expor o arbítrio de classe da Rede Globo, para que esse texto possa endossar a documentação que denuncia a irregularidade das emissoras privadas e protesta contra a manutenção de concessões públicas para empresas que não cumprem com as leis do setor.

1º) Por que a Globo protege Dantas? Por que a emissora não tornou evidente que as terras pleiteadas pelo MST para Reforma Agrária são de Daniel Dantas? Qual o grau de envolvimento da emissora nas manobras ilícitas do banqueiro?

2°) Por que o MST não foi escutado na reportagem? Quais os motivos do movimento para decidir ocupar aquela fazenda?

3°) As imagens contradizem os fatos. A câmera da equipe de reportagem aparece sempre posicionada atrás dos seguranças da fazenda, e nunca à frente dos sem terra.
E vejam informação da Agência Estado: “A polícia de Redenção informou a Puty [Cláudio Puty, chefe da Casa Civil do governo do Pará] não ter havido cárcere privado de jornalistas e funcionários da Agropecuária Santa Bárbara, pertencente ao grupo do banqueiro Daniel Dantas e que tem 13 fazendas invadidas e ocupadas pelo MST. Os jornalistas, porém, negam a versão da polícia e garantem que ficaram no meio do tiroteio entre o MST e seguranças da fazenda” (http://br.noticias.yahoo.com/s/19042009/25/manchetes-pm-desarmar-mst-segurancas-no.html). Quer dizer, nem mesmo os grandes jornais conservadores estão fazendo coro com a cobertura extremamente parcial da Rede Globo.

4°) Ocorreu um tiroteio mesmo? Só aparecem os jagunços da fazenda atirando, e com armas de calibre pesado. E a imagem dos feridos mostra os sem terra baleados e um jagunço de pé, com pano na cabeça, possivelmente contendo sangramento de ferimento não causado por arma de fogo, dado o estado de saúde do homem.

5º) Por que os feridos não são tratados com o mesmo direito à humanidade que as vítimas de classe média da violência urbana? Eles não têm nomes? O que aconteceu com eles? Algum morreu? Quem prestou socorro? Em que hospital estão? Por que essas informações básicas foram omitidas?

6°) Por que mostrar como um troféu a agonia de seres humanos sangrando no chão, sem nenhum socorro?


Extraído do Conversa Afiada...

sábado, 18 de abril de 2009

Líderes e famílias viajam ao exterior e Câmara paga...


Vergonha nacional...

BRASÍLIA - Metade dos 23 líderes da Câmara utilizou a cota de passagens em 82 viagens internacionais nos últimos dois anos. O uso indiscriminado do benefício transcende as bandeiras partidárias e ideológicas, envolvendo 11 lideranças da base governista e da oposição.

Extraído do IG...

E eu me pergunto: ninguém faz nada?!?!
Se punir um congressista, tem que punir todos!!! Fechem o Congresso!!!
Revolução já!!! Assim como está, não pode ficar...
(Thales)

O que os Sarney escondem...


E, após a posse de Roseana Sarney como governadora do Estado do Maranhão, como escrito no último post, um grupo de manifestantes estava em frente ao Palácio dos Leões (sede do Governo do Estado) protestando, pedindo justiça, queimando um boneco de José Sarney...
Uma das indagações dos manifestantes era que queriam outra eleição para governador já que Jackson Lago foi condenado, e não Roseana de volta ao poder, visto que ela PERDEU a eleição...
Este fato e a foto deste post o jornal do clã Sarney não mostra...
Até quando vamos ver coisas deste tipo e ficarmos calados e parados???

Viva o Maranhão, Estado que nos presenteia com o presidente do Senado e ex-presidente do Brasil!!!

Maranhão: capitania hereditária...


O Estado mais atrasado e pobre da Federação, o Maranhão, tem um coronel e sua família no seu comando há décadas... quando a população acorda e dá um passo ao progresso, o ninho de cobras que é a família Sarney ataca com todo seu arsenal e toma o poder novamente, com golpes e maracutaias travestidos de justiça eleitoral e democracia!!!
Como donos de todos os meios de comunicação do Estado, o arranjo de tirar o governador eleito democraticamente pelo povo, Jackson Lago, foi fácil... e com Sarney presidente do Senado então... nem se fala!!!

No jornal "O Estado do Maranhão", comandado pelo clã, o editorial de título "De volta à democracia" é de fazer rir e ver como uma lavagem cerebral na população ainda é atual!!!

Clique aqui para ver a primeira página do jornal e seu editorial...

Viva o Brasil!!!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lula no South Park...


O presidente Lula não “é o cara” apenas para Barack Obama. O presidente virou personagem do desenho animado “South Park”, no episódio exibido na noite desta quarta-feira, 15, nos EUA. No desenho, os personagens estão lutando contra uma invasão alienígena e pedem ajuda de diversos líderes mundiais - inclusive do presidente brasileiro.

Adriane Galisteu viajou com a tua grana....


14/04/2009 - 16h00
Deputado diz que Galisteu era sua "companheira" quando usou passagens da Câmara

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

O deputado Fabio Faria (PMN-RN) confirmou que parte da sua cota de passagens aéreas da Câmara foi usada pela apresentadora Adriane Galisteu, sua ex-namorada. Por meio de sua assessoria, Faria disse que Adriane era sua "companheira" quando as passagens foram usadas.

Segundo a assessoria da apresentadora, Galisteu vai comentar o assunto após às 19h30.

Segundo reportagem do site "Congresso Em Foco", Faria pagou passagens para Adriane, para a mãe dela, Emma Galisteu, e para um amigo da apresentadora, Claudio Torelli, no período de 2007 a 2008. Somadas, as passagens custaram à Câmara cerca de R$ 11 mil.

Por entender que tinha um "vínculo" com Adriane, o deputado não ressarciu à Câmara o valor das passagens usadas pela apresentadora, sua mãe e amigo.

Faria disse, entretanto, que ressarciu à Câmara o valor das passagens usadas pelos atores Kayky Brito, Sthefany Brito e Samara Felippo, que participaram do carnaval fora de época em Natal, em dezembro de 2007. Eles foram convidados para o camarote que o deputado organizou para o evento..

O deputado divulgou nota nesta terça-feira afirmando que foram identificadas "falhas pontuais, mas que já corrigiu o erro devolvendo o dinheiro aos cofres do Legislativo".

Na nota, Faria afirmou que deixou sob os cuidados de seus assessores a responsabilidade na reserva dos bilhetes aéreos. "A questão relativa à emissão de passagens aéreas é uma atribuição administrativa com a qual nunca lidei pessoalmente, deixando os detalhes dessa tarefa burocrática a cargo do corpo técnico de meu gabinete. Sempre orientei o corpo técnico de meu gabinete para que atuasse em consonância com os documentos legais em vigor."

O deputado, que é conhecido pelo bom trânsito entre os artistas, teria ainda reservado passagens para a cantora Preta Gil, e as atrizes Priscila Fantin, sua ex-namorada, e Débora Secco --que acabaram canceladas.

Câmara

O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), disse que cabe ao próprio parlamentar julgar se agiu corretamente, uma vez que a resolução da Casa que regulamenta a utilização das passagens não proibe que terceiros utilizem a cota.

Temer disse que cabe a Fabio Faria decidir se vai devolver os recursos ao Congresso ou apresentar suas justificativas formais pelo repasse das passagens aos artistas. "Não é o padrão normal. Mas ele tem que responder por isso. Se achar que deve, e esse é um juízo dele, devolve esses recursos para a Câmara. Se achar que não, apresenta as suas justificativas", afirmou Temer.

Nova dica de site...

Encontrei este interessante website, Newseum, que mostra a maioria das primeiras páginas, diariamente, de quase todos os jornais do mundo!!!
Vale a pena, principalmente para comparar como um fato, verídico ou não, é apresentado nas diversas partes do mundo!!!

Antes tarde do que nunca...


... ainda mais na situação atual da economia mundial!!!

Governo altera para 2,5% do PIB meta do superávit primário para 2009

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O setor público vai economizar 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) a menos, para pagar os juros da dívida, neste ano e, assim, estimular a economia. Segundo números divulgados há pouco pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, a meta do superávit primário para 2009 cairá de 3,8% para 2,5% do PIB.

A alteração constará de projeto de lei que será enviado ao Congresso Nacional para modificar os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2009. “Precisamos, neste momento, fazer a política anticíclica para aquecer a economia [ampliar os gastos públicos]”, disse Mantega.

Para a União, a redução do superávit primário será de 0,75% do PIB. Segundo o ministro, a meta de superávit primário da União passará de 2,15% para 1,40% do PIB.

Esses números referem-se ao Governo Central, formado pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.

Para as estatais, a redução será de 0,5% do PIB, por causa da exclusão da Petrobras do cálculo do superávit primário.

Com essas mudanças, a contribuição das estatais vai cair de 0,7% para 0,2% do PIB. O governo também vai propor a redução do esforço fiscal dos estados e dos municípios, de 0,95% para 0,90% do PIB.

De acordo com Mantega, a retirada da Petrobras do cálculo do superávit primário não vai impedir a manutenção da queda do déficit nominal, que é o que o setor público fica devendo após pagar os juros da dívida.

O ministro disse ainda que o resultado nominal ficará em -2,12% do PIB deste ano, resultado praticamente igual ao registrado em 2008, que ficou em -2,16%.

Para 2010, a equipe econômica projeta queda no déficit para -0,76% do PIB. “As mudanças não vão impedir o governo de ampliar para o déficit nominal zero”, afirmou.

domingo, 12 de abril de 2009

Crítica em charge...


Por que dar ao FMI ao invés de investir no Brasil???

sábado, 11 de abril de 2009

Índios brasileiros fazem cada vez mais filmes...


A revista Retrato do Brasil (disponível em poucas bancas) de abril traz um texto bacana do jornalista Carlos Azedo, sobre a produção de filmes por índios no Brasil.

Diz a matéria que “Há um novo tipo de documentário no meio cultural, feito por cineastas indígenas. Pode-se assistir a eles em festivais ou comprar o DVD em pontos de venda como grandes livrarias (…) Entre eles estão alguns best-sellers, como o divertido Cheiro de Pequi, dos índios cuicuro, ou Amendoim da Cutia (foto acima), do povo panará, este considerado pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss ‘de longe o melhor filme que eu tenha visto sobre os índios da América do Sul´ (…).

O texto informa que “já são 70 filmes produzidos junto a 40 povos indígenas do Brasil com base em 3 mil horas de gravação”.

Boa parte desta produção está relacionada a uma ONG chamada Vídeo nas Aldeias, criada em 1987 e que faz um trabalho sério. Vale a pena acessar o site. Você pode ver o catálogo (dividido por etnias), encomendar vídeos e assistir a traillers. Um pouco da diversidade (e da riqueza) cultural brasileira.


Extraído do Entrementes (link nas dicas de sites)...
Imagem: filme Amendoim da Cutia/ divulgação

RS é governado à distância desde quinta-feira...


Desde a última quinta-feira, o Rio Grande do Sul é governado à distância. Com receio de entregar o cargo máximo do Executivo ao desafeto Paulo Afonso Feijó, vice-governador, ou para um integrante da oposição, o presidente da Assembléia Legislativa, Ivar Pavan (PT-RS), a governadora tucana Yeda Crusius viajou a San Francisco, nos Estados Unidos, sem nomear ninguém para substitui-la. As informações são do jornal Zero Hora.

De acordo com reportagem, a decisão de Yeda de evitar a transmissão do cargo foi amparada em um parecer da Procuradoria-Geral do Estado. Elaborado em 2007, o documento cita "a evolução tecnológica como argumento para que o governador exerça seu mandato de qualquer parte do mundo". Além desse parecer, uma liminar de 1992 retirou da Constituição Estadual a previsão de perda do cargo pelo governador que deixar o País sem transmiti-lo.

Segundo Zero Hora, poucos integrantes do governo tinham conhecimento da jornada da governadora nos Estados Unidos até o dia da viagem. Na própria agenda oficial da última quinta-feira não havia nenhuma referência ao deslocamento.

Assessores do vice-governador disseram à publicação que Paulo Feijó não está disposto a se manifestar sobre o fato. Segundo a assessoria, ele está no Uruguai e não foi informado da viagem de Yeda Crusius.

O presidente da Assembléia Legislativa, Ivar Pavan, disse a Zero Hora que a governadora não precisa transmitir o cargo do ponto de vista legal. E acrescentou que, sob o ponto de vista político, é uma escolha que não cabe a ele comentar. No entanto, para a oposição, liderada pelo PT, a Assembléia foi desprestigiada pelo Piratini.

A previsão é de que a governadora retorne dos Estados Unidos, onde passa a Páscoa com alguns familiares, na noite deste domingo.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Operação 2010: trio das sombras agora ataca Franklin...



A Operação 2010 segue a mil no Partido da Imprensa.

Sem coragem pra atacar Lula (um presidente que, no imaginário popular, começa a se aproximar de Getúlio Vargas), nossos corajosos homens da mídia voltam suas baterias para outros pontos. Domingo passado, a vítima foi Dilma, na "Folha". A revista "Piauí" também publicou um perfil da Dilma, na mesma linha.

Agora, o ataque foi a Franklin Martins - ministro da Comunicação Social.

O trio das sombras agiu de forma coordenada (como acontece desde 2006): primeiro, Diogo Cão apresentou a "denúncia" na "Veja"; a "Globo" de Ratzinger - claro- "repercutiu". E, depois, o esgoto correu a céu aberto nas páginas da "Folha".

O que temos aqui? Vejam: um relatório do setor de inteligência da PF levanta suspeitas contra Victor Martins - diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo). Ele é acusado de "vender" às prefeituras a possibilidade de obter valores mais altos de royalties de petróleo, desde que os municípios contratassem a empresa Análise Consultoria e Desenvolvimento, que pertence à mulher dele.

A "Folha" hoje traz um quadrinho com o "suposto esquema". É um gráfico com o fluxo de favores e tráfico de influência: tudo muito didático, tudo muito claro.

Mas, um detalhe me chamou atenção: não havia o nome de nenhuma Prefeitura, nem o número de nenhum contrato firmado com a tal Análise Consultoria.

Fui ler a matéria com mais atenção. Aí, aparece o seguinte:

- Victor diz que a empresa da mulher dele não assinou contrato com nenhum Prefeitura desde que ele assumiu o cargo na ANP (está mentindo? então, onde estão os contratos? A "Folha" não vai mostrar?);

- a PF instaurou inquérito com base no relatório do serviço de inteligência; e no relatório Victor não é citado;

- o Ministério Público Federal questiona o inquérito porque é "baseado só em notícias de jornal";

- o superintendente da PF no Rio diz que o relatório do serviço de inteligência está em fase preliminar, e só poderia ser anexado a um inqérito desde que "robustecido" com mais provas.

Ou seja: não há absolutamente nada de concreto.

Poderia até haver. Mas, não há. É campanha pura.

O Procurador da República diz que o relatório se baseia em notícia de jornal. Conheço essa história: jornais e revistas fazem matérias especulativas; mandam tudo pra um delegado, que instaura investigação; aí a imprensa divulga que a polícia está investigando.

É uma vergonha.

Mais algumas perguntas: o que Franklin Martins tem a ver com isso? Ele indicou o irmão pra ANP? Há provas disso? Franklin se beneficou de algum esquema envolvendo o irmão?

Francamente, é campanha política pura.

No caso de Diogo Cão, campanha pessoal. Ele detesta o Franklin. É um problema pessoal.

A elite brasileira (e os donos da imprensa , especialmente o trio das sombras, são o setor mais atrasado de nossas elites) não perdoam gente que enfrenta, que não se dobra.

Vou contar uma história que pouca gente sabe: em 2006, entre o primeiro e o segundo turnos, Lula chamou um dos filhos do Roberto Marinho e o representante dele em Brasília, para uma "conversinha". Queria saber porque Ratiznger tinha aprontado tanto na reta final do primeiro turno.

Pouca gente sabe dessa reunião. Mas, ela aconteceu. O pessoal, lá no Palácio do Planalto, sabia em detalhes de tudo que Ratzinger tinha aprontado na Globo. As informações circulam...

Dilma estava no encontro em Brasília. Foi duríssima com os Marinho, deu um pito nos caras. Eles não perdoam essas coisas.

Não perdoam também Franklin, que, depois de ser "expulso" da Globo na "Operação 2006" (porque se negou a fazer coro a Ratiznger durante o "menssalão"), virou ministro de Lula.

Lula mandou um recado à Globo com a nomeação de Franklin.

Franklin está construindo a TV Brasil (contra os interesses dos barões da mídia). Franklin ajuda a viabilizar a "Conferência de Comunicação" - que vai discutir abertamente temas delicados como concessões, monopólio e manipulação na imprensa brasileira.

Franklin precisa ser contido, porque é um sujeito que sabe o que quer, é meticuloso, cauteloso, mas sabe atacar na hora certa. O embaixador dos EUA que o diga.

A "Operação 2010" está em curso. Essas são só as primeiras escaramuças. A luta será duríssima.

Franklin e Dilma, certamente, vão reagir. Precisam reagir.


Texto extraído do ótimo ESCREVINHADOR (link ao lado direito, na dica de sites)...

Mauro Santayana: O Itamaraty, as elites e o povo...

Mauro Santayana

A diplomacia brasileira foi organizada às pressas, com a tarefa inicial de obter o reconhecimento internacional do novo Estado e de lhe assegurar os recursos necessários aos primeiros atos de autonomia. Apesar dessas dificuldades, e dos contratos leoninos que os banqueiros ingleses impuseram, seguimos, desde o princípio, uma linha necessária de ação: a de preservar a integridade nacional dentro do território histórico. E isso foi obtido – mediante as negociações diplomáticas e as armas – quando rechaçamos a presença paraguaia em Mato Grosso e participamos da luta contra Hitler, que pretendia ocupar todo o Sul do Brasil.

É conhecida a preocupação, sobretudo de Rio Branco, em aliar, na escolha de nossos diplomatas, a inteligência à elegância e à aparência. O barão não admitia mestiços, e, antes de nomear alguém, fazia questão de convidar o candidato e sua mulher, para avaliar o futuro desempenho do casal. No tempo do Império, e durante grande parte da República, o recrutamento de nossos diplomatas se fazia entre as elites oligárquicas, rurais e burguesas. Esses grupos simplesmente ignoravam o povo, e tinham a ideia de que o território era propriedade de vasto clã familiar.

Foi difícil a Rio Branco, por exemplo, preferir Ruy Barbosa a Joaquim Nabuco para a chefia da delegação brasileira à Conferência de Haia em 1907. Nabuco, que já fora embaixador em Washington, e era filho do conselheiro do Império, Nabuco de Araújo, tinha o aplomb aristocrático que agradava ao barão. Providencial surdez do pernambucano – lembrada em editorial do Correio da Manhã, pouco antes da escolha – obrigou-o a aceitar o baiano, de resto homem de origem modesta.

A aristocracia de Rio Branco não o impediu de ser o competente defensor da soberania brasileira, em todas as questões fronteiriças e, sobretudo, em episódio pouco conhecido, o da Colônia do Descalvado, quando impediu que o Pantanal se tornasse uma espécie de Congo Belga. Pouco a pouco, com o amadurecer da República, jovens da classe média passaram a ingressar no Itamaraty, e já há, entre os mais recentes, filhos de trabalhadores. Não obstante isso, o Itamaraty, até há alguns anos, dava a impressão de representar apenas algumas parcelas da nacionalidade, embora houvesse exceções notáveis. Houve momentos em que homens da elite – como foram Affonso Arinos e Santiago Dantas – dirigentes do Itamaraty, da carreira ou não, procuraram representar o Brasil como ele é, e não como outros gostariam que fosse. Ressalte-se que, durante toda sua História, nossa diplomacia oscilou entre a defesa da soberania nacional de uns e a submissão de outros.

O êxito do Itamaraty, nesses anos de Lula, é explicável. Houve, entre o presidente e a Secretaria de Estado, completo entendimento. Ainda no governo Itamar ocorreu um choque no Ministério do Exterior, quando o presidente anunciou o nome de José Aparecido para substituir o aristocrata Fernando Henrique. O próprio Fernando Henrique foi contra a indicação, embora, durante o regime militar, ninguém se opusesse a que o banqueiro monoglota Magalhães Pinto ocupasse o cargo. Aconselhado pelos seus médicos, Aparecido, que estava enfermo, declinou do convite, mas não abriu mão de indicar Celso Amorim para o lugar. Tanto naquele momento quanto nesses últimos anos, Amorim entendeu que nos devíamos unir aos povos que têm os nossos mesmos interesses. Talleyrand dizia aos jovens diplomatas que, surtout, pas trop de zéle. Amorim, ao empossar-se em 2003, como ministro de Lula, recomendou aos subordinados que não tivessem medo. Não tivessem medo de defender os interesses brasileiros no mundo, quaisquer fossem os interlocutores. Poderia ter sido mais claro e aconselhado a que não se inibissem naquele momento em que um operário assumia a Presidência da República.

O Brasil, apesar de suas dificuldades, já deixou de ser o país do Carnaval. É uma nação moderna que volta a uma verdade simples: a prosperidade é tanto mais sólida quanto é mais bem distribuída. Por isso, o Brasil é hoje a ponte política entre o Ocidente e grandes países asiáticos, como a Índia e a China. E seus diplomatas – sob a chefia do ministro Celso Amorim e do secretário-geral Samuel Pinheiro Guimarães – podem dirigir-se ao mundo sem chocho deslumbramento e sem a submissão com que muitos agiram no passado recente.

Toma Itagiba!!!

Sobrou para a empregada...


08/04/2009 - 11:50
Sobrou para a empregada de novo

Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho

Até agora nenhum deputado ou senador foi punido nesta enxurrada de maracutaias denunciadas pela imprensa nos últimos meses, mas sobrou de novo para a empregada.

Esta nova história, como diria o Mino Carta, é emblemática. Ao ver nos jornais a denúncia contra o deputado licenciado Alberto Fraga (DEM-DF), que usava uma secretária parlamentar como faxineira em sua mansão, Arnaldo Jardim (PPS-SP) resolveu demitir a sua antes que a imprensa descobrisse, mas não deu tempo.

Ambos são da oposição e vivem usando a tribuna da Câmara para fazer denúncias de corrupção contra o governo. A única diferença é que Fraga era o líder da “bancada da bala”, que defendeu o comércio de armas no plebiscito, e Jardim, o pacífico honesto, promoveu no dia 3 de março o lançamento da Frente Parlamentar Anticorrupção no seu apartamento em Brasília.

O detalhe que revela a hipocrisia desta gente é que quem serviu o jantar aos 30 deputados catões no apartamento do parlamentar do PPS foi exatamente a empregada doméstica Maria Helena de Jesus. Ou melhor a secretária parlamentar dele, que há dois anos e meio é paga pela Câmara, e agora foi demitida.

O bom repórter Fábio Zanini, da Folha, conta os detalhes: “Para fazer serviços no apartamento de Jardim no bloco A da quadra 311 sul, ela recebe salário bruto de R$ 1.608,10. Dinheiro da Câmara. “Lavo, passo, cozinho”, disse à Folha.

O “grupo dos éticos” foi formado depois da entrevista do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) à revista Veja em que ele denunciou haver corrupção generalizada em seu partido, no Congresso e no governo.

Como no caso de Fraga, pior do que valer-se de uma secretária parlamentar para cuidar do conforto do seu apartamento funcional foi a desculpa dada por Arnaldo Jardim, um fiel seguidor do seu líder, o ex-comunista Roberto Freire, pesidente do PPS e conselheiro da Prefeitura de São Paulo:

“Pensei que ela pudesse não só ajudar esporadicamente no gabinete, como também prestando serviço no apartamento. Quando eu soube que isso não era possível, eu a desliguei”.

Quanta pureza, quanta meiguice, quanta ingenuidade! Ele não sabia que não podia, coitado… E prosseguiu:

“Do ponto de vista ético não vejo problema, mas do ponto de vista regimental, vejo. Entendi que o cargo poderia ser usado como apoio do mandato parlamentar”.

Como diria minha amiga Hebe Camargo, “ele não é uma gracinha?”.

E agora que ela foi demitida? Como fará o “grupo dos éticos” para ser servido em seus jantares? Vão todos ter que pagar do próprio bolso? É justo?


Opinião do Thalera: se fosse em outro país, duvido que estes senhores ainda teriam seus cargos no Congresso...
Viva o Brasil!!!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Serra mantém assaltante na Casa Civil...


Gatuno já teve passagem pelo governo FHC, como Ministro da Justiça

O advogado paulista Aloysio Nunes Ferreira Filho, de 64 anos, podia estar roubando, podia estar matando. Mas, não.

Atualmente, ele é o secretário da Casa Civil do governo tucano de José Serra. Ferreira já foi presidente de centro acadêmico, já foi deputado estadual, já foi deputado federal, já foi vice-governador. Já foi até ministro de estado. O que poucos recordam - e, quem sabe, a Folha de S.Paulo destaque sua repórter Fernanda Odilla para "investigar" o caso - é que o brioso elemento, outrora conhecido pelo cognome "Mateus", um dia empunhou um tresoitão para ajudar a surrupiar a assombrosa quantia de NCr$ 108 milhões da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, dinheiro que seria ultilizado no pagamento dos salários dos ferroviários. O memorável assalto (ou "expropriação") ao trem-pagador deu-se no dia 10 de agosto de 1968. Segundo relatos da imprensa da época, a ação foi fulminante e sem que houvesse sido disparado qualquer tiro. Aloysio era o motorista do Fusca no qual os assaltantes deram o pira com os malotes cheios da grana. Essa, porém, não fora a primeira ação espetacular do braço direito de José Serra. No mesmo ano, ele partipara do assalto ao carro-pagador da Massey-Fergusson, interceptando uma perua Rural Willys da empresa em plena praça Benedito Calixto, no bairro paulistano de Pinheiros.

Ferreira participou destes eventos na condição de guerrilheiro da recém-nascida Ação Libertadora Nacional (ALN), a organização dos líderes comunistas Carlos Marighela e Joaquim Câmara Ferreira, o Toledo. Sabe-se que, após o estrepitoso assalto ao trem, Aloysio escafedeu-se para Paris, onde, dizem, desfrutou de um "exílio de caviar", ao lado do sociólogo da USP Fernando Henrique Cardoso. Após sua volta ao Brasil, em 1979, ingressou no MDB e iniciou sua trajetória política dentro da legalidade.

A despeito da relativa importância de "Mateus" na guerra contra a ditadura, este Cloaca News não pretende desdourar o passado de lutas do atual secretário tucano. Pelo contrário. Apenas ficaremos aguardando que sua heróica biografia seja brindada, com detalhes, aos leitores da Folha de S.Paulo com a mesma pompa e relevância com que foram exumados os episódios envolvendo a Ministra Dilma Rousseff.


Extraído do Cloaca News...

Algumas charges...



... sobre o que é notícia!!!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Só 6% controlam geração de renda no Brasil...


Os meios de produção de riqueza do país estão concentrados nas mãos de 6% dos brasileiros. É uma das conclusões apresentadas no livro Proprietários: Concentração e Continuidade lançado na última quinta-feira (2), na sede do Conselho Regional de Economia (Corecon), em São Paulo.

A publicação é o terceiro volume da série Atlas da Nova Estratificação Social do Brasil, produzida por Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e vários economistas do órgão. Do livro, consta um levantamento que revela que, de cada 20 brasileiros, apenas um é dono de alguma propriedade geradora de renda: empresa, imóvel, propriedade rural ou até mesmo conhecimento – também considerado um bem pelos pesquisadores.

Em entrevista coletiva organizada para o lançamento do livro, Pochmann afirmou que a concentração das propriedades no Brasil é antiga e remete aos tempo da colonização. Desde a concessão das primeiras propriedades agrícolas, passando pela industrialização ocorrida no século 20, até o aumento da atividade financeira, os meios de produção sempre estiveram sob controle da mesma e restrita parcela da população nacional.

"A urbanização aumentou o número de propriedades e de proprietários, mas não acompanhou o aumento da população. A concentração permanece. Nós [brasileiros] nunca vivemos uma experiência de democratização do acesso às propriedades no nosso país", disse.

De acordo com o livro, os proprietários brasileiros têm um perfil específico comum. A grande maioria tem entre 30 e 50 anos de idade, é de cor branca, concluiu o ensino superior, e não tem sócios.

Para Pochmann, o quadro da distribuição das propriedades brasileira é grave. O Brasil tem seus meios produção de riqueza mais mal distruídos entre os países da América Latina, por exemplo. E isso não deve mudar em um curto prazo, segundo o economista.

“Estamos fazendo reforma agrária desde os anos 50 e nossa distribuição fundiária é pior do que a de 50 anos atrás; nossa carga tributária onera os mais pobres; a única coisa que vai bem é a educação", afirmou ele, citando dados que apontam que o percentual dos jovens que frequenta a universidade passou de 5,6%, em 1995, para cerca de 12%, em 2007.

Pochmann disse porem que mesmo com o aumento dos índices da educação, ele ainda está muito aquém do encontrado na Europa, onde 40% dos jovens têm diploma universitário. Ressaltou também que a mudança da distribuição das propriedades por meio da educação é a forma mais lenta de justiça.

Agência Brasil

Lula com moral...

Só a elite brasileira que não admira este notável exemplo do nosso país...

sábado, 4 de abril de 2009

Trânsito...


Uma charge que mostra uma das razões do estressante congestionamento nas grandes cidades...

Ipea desmente "inchaço" na máquina pública...

Pesquisa do IPEA desmente "inchaço da máquina"

Atualizado e Publicado em 03 de abril de 2009 às 11:12

Estudo do Ipea desmente inchaço na máquina pública

Letícia Nobre - Correio Braziliense

Uma pesquisa sobre emprego público, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), chegou a uma conclusão surpreendente: a máquina pública brasileira não está inchada. Comparada à de países desenvolvidos e com os da América Latina, a proporção de servidores públicos na faixa da população economicamente ativa é uma das menores (10,7%), segundo dados computados em 2005.


Extraído do Viomundo...
Clique aqui para ler a matéria na íntegra...

Gilmar Mendes e sua justiça...


gilmar mendes tem uma lógica tão canhestra que ao divulgar números sobre os habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) apenas reforça o que sabemos: que a Justiça brasileira atende principalmente aos interesses de quem tem mais dinheiro e pode pagar um advogado caro, capaz de levar o caso até as instâncias superiores.

Segundo os números divulgados por gilmar, em 2008 o STF concedeu 18 habeas corpus a pobres, de um total de 350. Ou seja, cerca de 5%. Os outros 95% foram, presumo, concedidos a gente "de posses". Considerando que o Brasil é um país em que a maioria é materialmente pobre, essa desproporção se torna ainda mais gritante.

Curiosamente, uma outra estatistica, essa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mostra que só 6% dos brasileiros controlam os meios de produção de riqueza no Brasil.

A partir da notícia da Agência Globo, qual foi a manchete do jornal Valor Econômico para a estatística do gilmar?

Essa: Levantamento do Supremo indica 18 habeas corpus para pobres em 2008


Extraído do Viomundo...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Veja (de novo) tentando mentir para os brasileiros...

Revista Veja.

Edição desta semana.

Reportagem sobre a Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal.

Que encontrou indícios de que sete partidos foram financiados ilegalmente pela Construtora Camargo Corrêa.

As siglas dos partidos envolvidos - PMDB, PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT e PP - só aparecem no quarto dos cinco parágrafos da matéria.

Seis deles são citados uma única vez.

O PSDB aparece três vezes.

Uma a menos que o PT.

Que, a despeito de não ser formalmente acusado pela PF, aparece quatro vezes como suspeito no texto da revista.


Extraído do Alfarrábios...