terça-feira, 30 de junho de 2009

A maior mentira do século passado...


Navegando pela internet, com minha cabeça sempre contra o "Império" e a dominação mundial, deparei-me com um interessante site que prova, com várias fotos, fatos e inteligência que os Estados Unidos inventaram a viagem do homem à Lua!!!

E, após ler todo o texto, eu afirmo com toda convicção: O HOMEM NUNCA CHEGOU À LUA!!!

O site se chama "A fraude do século"... o link está aqui...

Logo na legenda da primeira foto já está escrito: "Como construir um império baseado em mentiras"...

Enjoy it!!!

domingo, 28 de junho de 2009

Estou pensando em voltar ao Brasil, afinal...

... no Brasil se criou 131 mil empregos, quinto mês seguido de aceleração. Estados Unidos no quinto mês de queda!!!

Fonte: O Brasil que dá certo...

Em 2008, bancos tiveram mais ajuda que pobres em 50 anos...


Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto os países pobres receberam, em meio século, cerca de US$ 2 bilhões em doações de países ricos, bancos e outras instituições financeiras ganharam, em apenas um ano, US$ 18 bilhões em ajuda pública. A ONU alertou que a crise econômica mundial piorará ainda mais a situação dos países mais pobres, agravando os problemas da fome, da desnutrição e da pobreza.

Redação – Carta Maior

O setor financeiro internacional recebeu, apenas em 2008, quase dez vezes mais recursos públicos do que todos os países pobres do planeta nos últimos cinqüenta anos. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (24) pela campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) pelas Metas do Milênio, destinada a combater a fome e a pobreza no mundo. Enquanto os países pobres receberam, em meio século, cerca de US$ 2 bilhões em doações de países ricos, bancos e outras instituições financeiras ganharam, em apenas um ano, US$ 18 bilhões em ajuda pública.

A ONU alertou que a crise econômica mundial piorará ainda mais a situação dos países mais pobres, lembrando que, na semana passada, a Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO) afirmou que a crise deixará cerca de 1 bilhão de pessoas passando fome no mundo.

A revelação foi feita no início de uma conferência entre países ricos e pobres, que ocorre na sede da ONU, em Nova York, para debater o impacto da crise. Segundo o diretor da Campanha pelas Metas do Milênio, Salil Shetty, esses números mostram que a destinação de recursos públicos ao desenvolvimento dos países mais pobres não é uma questão de falta de recursos, mas sim de vontade política.

“Sempre digo que se você fizer uma promessa e não cumprir, é quase um pecado, mas se fizer uma promessa a pessoas pobres e não cumprir, então é praticamente um crime”, disse Shetty à BBC. “O que é ainda mais paradoxal”, acrescentou, “é que esses compromissos (firmados pelos países ricos para ajudar os mais pobres) são voluntários”. “Ninguém os obriga a firmá-los, mas logo eles são renegados”, criticou o funcionário da ONU.

Um dos efeitos desta perversa distorção foi apontado pela FAO: a quantidade de pessoas desnutridas aumentará no mundo em 2009, superando a casa de um bilhão. “Pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de desnutrição em todo o mundo”, advertiu a entidade. A FAO considera subnutrida a pessoa que ingere menos de 1.800 calorias por dias.

Do total de pessoas subnutridas hoje no mundo, 642 concentram-se na Ásia e na região do Pacífico e outras 265 milhões vivem na África Subsaariana. Na América Latina e Caribe, esse número é de 53 milhões de pessoas. Em 2008, o total de desnutridos tinha caído de 963 milhões para 915 milhões. O motivo foi uma melhor distribuição dos alimentos, Mas com a crise, o quadro de fome no mundo voltará a se agravar. Segundo a estimativa da ONU, um milhão de pessoas deverão passar fome no mundo nos próximos meses.

Fonte: Agência Carta Maior...

sábado, 20 de junho de 2009

A crise como oportunidade...


Enquanto oposição e pretendentes à sucessão de Lula torcem pela queda de sua popularidade, o governo radicaliza, protege a economia com distribuição de renda e se fortalece. Acertos do governo nas áreas social e econômica deixam oposição sem discurso, restrita a atrapalhar no que puder via CPIs


por Bernardo Kucinski, em Revista do Brasil

O cavalo-de-pau dado pelos bancos americanos e europeus nas finanças mundiais pegou a economia brasileira no exato momento em que se preparava para um salto de qualidade que a levaria a um novo milagre econômico, desta vez com distribuição de renda e sem ditadura. O governo respondeu atacando pela primeira vez o cerne do poder financeiro: a extorsiva taxa básica de juros.]

Em setembro do ano passado, quando a crise dos bancos explodiu, a economia brasileira estava crescendo a uma taxa anual da ordem de 6,8%. Os investimentos em novas máquinas, galpões e infraestrutura haviam chegado a 20% do Produto Interno Bruto (PIB), uma taxa só comparável à dos primórdios do milagre econômico. Em todo o país empresas planejavam a expansão, depois de quatro anos de crescimento médio acima de quase 5%.

Os primeiros efeitos da crise entre nós foram a disparada do dólar e o corte súbito dos empréstimos bancários. O dólar foi de R$ 1,70 em setembro para R$ 1,90 em outubro e terminou o ano perto de R$ 2,40 porque os especuladores correram para a moeda como refúgio. Empresas que deviam aos bancos com aquela maldita cláusula que multiplicava os custos do empréstimo exponencialmente a partir do dólar a R$ 1,80 começaram a anunciar prejuízos milionários.

Os financiamentos de fora, que representavam cerca de 10% do total, secaram de um dia para o outro com o colapso do Lehman Brothers. Os de dentro secaram porque os bancos ficaram sem saber que outras empresas também estavam quebradas, além das que admitiram as perdas publicamente. ]

O governo diagnosticou corretamente que era preciso, antes de tudo, estancar a disparada do dólar e restabelecer a confiança no sistema bancário. Para segurar o dólar, o Banco Central sacou das reservas internacionais e entrou vendendo a moeda americana. Anunciou a ampliação da garantia de depósitos e aplicações para até R$ 20 milhões para instituições menores em dificuldades de liquidez, visando desarmar qualquer risco de uma corrida aos pequenos bancos, os mais vulneráveis ao fim dos financiamentos externos. Também reduziu para esses bancos o chamado compulsório – que é o volume de depósitos dos clientes que os bancos têm de recolher ao Banco Central e não podem ser usados para empréstimos.

Tudo isso foi feito sem alarde, enquanto a maioria dos jornalistas “especializados” fazia exatamente o contrário, alimentando o pânico e uma visão pessimista do futuro. Marcos Nobre, que não é jornalista (é professor do Departamento de Filosofia da Unicamp), escreveu em sua coluna na página 2 da Folha de S.Paulo que Lula foi rápido, eficiente e focado: “Rompeu pela primeira vez o terrorismo econômico que se instalou desde a globalização econômica da era FHC”. Nobre lembrou ainda a importância das políticas de valorização do salário mínimo e sua extensão aos benefícios da Previdência, robustecendo o mercado interno, que acabou sendo a plataforma de recuperação. Tudo aquilo que os tucanos, demos e seus seguidores na imprensa criticavam como errado é o que está nos ajudando nesta crise.

Reação radicalizada
Mesmo com a reação vigorosa e correta do governo, a maioria das empresas teve de cancelar, reduzir ou adiar investimentos. Além da asfixia da falta de crédito, contratos de exportação foram subitamente suspensos. Como eram os investimentos que naquele momento puxavam o crescimento da economia, deu-se uma queda dramática na produção industrial e na taxa de expansão do PIB. Um coice muito pior que o dado por Antonio Palocci, então ministro da Fazenda, no primeiro ano do governo Lula.

Daquela vez o PIB ainda cresceu mísero 1,3%. Agora houve queda de 3,6% no último trimestre de 2009 em relação ao trimestre anterior. E a produção da indústria despencou 25% – número impressionante, como se indústrias inteiras tivessem parado de produzir.

Lula então radicalizou. Fez da crise uma oportunidade para deflagrar mudanças estruturais há muito desejadas pelos setores mais esclarecidos da sociedade, mas até então levadas em marcha lenta. Era a hora de tentar quebrar o domínio do capital financeiro e do mito por ele alimentado há décadas, de que no Brasil não pode haver taxa básica de juros abaixo dos 10%.

Os bancos privados continuavam a não emprestar? Que entrem em cena os grandes bancos estatais. Mais uma vez se mostrou a importância de terem sido estancadas as privatizações promovidas pelo tucanato no setor bancário. Graças ao Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e BNDES, o governo contra-atacou oferecendo crédito que os bancos privados negavam.

Não houve hesitação. O BNDES já tinha atingido o limite de empréstimos em relação ao seu capital? Pois aumente-se o capital do BNDES. O presidente do Banco do Brasil não entendeu o caráter excepcional da situação e continuou se comportando de modo burocrático? Pois troque-se o presidente do Banco do Brasil.

Mas o gesto mais importante foi o ultimato dado a Meirelles para que forçasse um corte nos juros da taxa básica, a Selic, que o governo paga pelos títulos de sua dívida. Os neoliberais que ainda controlam o Banco Central haviam cometido o desatino de elevar mais esses juros em plena crise, de 13% para 13,75%, sob o falso pretexto de que a inflação ainda era um perigo, quando a mãe de todos os perigos já era a recessão que em todo o mundo ocidental se espalhava como uma pandemia. Enquanto bancos centrais cortavam os juros radicalmente para tentar tirar a economia do atoleiro, aqui, nossos neoliberais faziam o contrário. Apenas a partir de janeiro, em um reconhecimento explícito do erro, começaram as sucessivas quedas nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom); foram cortados 3,5 pontos e a Selic chegou a 10,25%.

Menos impostos
A derrubada da taxa básica não ajudou muito a abrir as torneiras do crédito privado, mas a economia com o pagamento de juros da dívida pública interna permitiu reduzir impostos e expandir a rede de proteção social sem aumentar o déficit federal. É uma transferência de renda dos mais ricos para os mais pobres. Dos que vivem de renda para o mercado interno de consumo.

O primeiro a ser reduzido foi o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros. Medida importante dado o peso dessa indústria na economia, embora capenga do ponto de vista da necessidade de transformar nosso padrão de consumo. Teria sido melhor associá-la à introdução do carro elétrico, que já é uma realidade em muitos países, a modelos menores e menos poluentes e ao transporte coletivo. As falências da GM e da Chrysler nos Estados Unidos mostram que se esgotou o modo de produção de carros baseado no lançamento de novos e caros modelos todo ano.

Curiosamente, essa medida de Lula a imprensa não criticou, tal é a força da indústria automobilística entre anunciantes e, indiretamente, entre os jornais. Com as megafusões de cervejarias, bancos, telefônicas, entre outras, acabou a guerra de propaganda em alguns setores, o que, somado a novas limitações nos anúncios de bebidas e cigarros, tornou os comerciais de carros vitais à sobrevivência dos jornais.

Depois o governo cortou impostos em mais uma dúzia de itens importantes, incluindo eletrodomésticos, materiais de construção e motos. Em alguns casos, o IPI foi zerado. Lula também ordenou à Petrobras que aumentasse seus investimentos. A Petrobras é tão relevante na economia brasileira que seus recursos em infraestrutura são da mesma ordem da soma de todos os demais investimentos do mesmo tipo do governo federal. O que fazem os tucanos e os demos? Pedem uma CPI da Petrobras.

Outra frente em que Lula radicalizou foi na busca da unidade dos governos sul-americanos. Principalmente para desarmar as tentativas de guerra comercial que sempre acontecem em momentos de desespero econômico. Primeiro, mandou que fosse elevado o limite dos convênios de créditos recíprocos. Esse é um mecanismo pelo qual os BCs acertam entre si, apenas de tempos em tempos, o saldo das transações das empresas de cada país, não sendo preciso acertar cada uma das transações. Desse modo, é possível continuar o intercâmbio comercial, mesmo na falta de financiamentos ou de reservas de moeda forte. Além disso, o BNDES abriu uma linha de crédito especial para empresas argentinas. E mais: o Brasil criou um fundo de R$ 10 bilhões para empréstimos a países do continente, que podem ser saldados em moeda própria.

Oportunismo
Enquanto isso, os governadores pouco fizeram para ajudar a tirar a economia da recessão. Poderiam reduzir o ICMS, principal imposto estadual – e pesado, em alguns casos chega a 30%. Apenas Roberto Requião, no Paraná, reduziu o ICMS, e de modo amplo: em 95 mil itens de consumo popular. No Mato Grosso a medida foi adotada para o gado em pé, mas só em uma pequena região, para tirar os frigoríficos do sufoco. Em Goiás, sobre o álcool. Houve algumas outras reduções isoladas, como a do ICMS sobre a indústria naval no Rio de Janeiro e sobre o feijão em São Paulo, mas não para combater a recessão, e sim como parte de uma eterna guerra fiscal entre estados. O Rio quer atrair a indústria naval de São Paulo. São Paulo quer proteger o feijão paulista do de Minas.

O governador José Serra, de São Paulo, onde está 35% da indústria do país, prometeu cortar impostos em materiais usados na produção para exportação, mas ficou só na retórica. Enquanto isso, partiu para a implantação agressiva de dezenas de pedágios novos em todas as rodovias estaduais, além do aumento de preço dos já existentes, para ampliar a arrecadação. A medida incide diretamente sobre o custo dos transportes e, portanto, dos alimentos. Já são 112 os pedágios estaduais. Na Rodovia Marechal Rondon, um trecho entre Bauru e Campinas – importante eixo de transporte de alimentos – que antes custava R$ 7,40 sai agora por R$ 18,80.

A lógica desses governadores: mais impostos para construir mais pontes, viadutos e estradas, não porque criam emprego, mas porque têm visibilidade, trazem mais votos do interior e mais apoio das empreiteiras. De olho na sucessão de Lula, acreditam que podem tirar proveito eleitoral se a recessão derrubar a popularidade do presidente.

Lula, generoso e manhoso, ainda deu uma colher de chá postergando pagamentos de dívida das prefeituras com o INSS e oferecendo aos estados um empréstimo de R$ 4 bilhões para pagar em oito anos, com um ano de carência.

Com tudo isso, a economia brasileira ainda não voltou aos níveis pré-crise. A indústria se recupera lentamente e a situação do emprego continua delicada. Todo o horizonte se modificou. O plano de construção de 1 milhão de moradias populares fortemente subsidiadas é mais uma cartada dessa radicalização. Por isso mesmo, governadores e prefeitos demos e tucanos relutam em aderir. Lula cresceu com a crise. A oposição encolheu. O país enfrenta uma encruzilhada, ou radicaliza, ou regride.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O PiG (*) descobriu que o Sarney é o Sarney...


Do Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim...

. O Sarney é colunista da Folha (**) há mil anos e o PiG (*) não sabia que o Sarney é o Sarney.

. O Roberto Marinho nomeou Maílson da Nóbrega Ministro da Fazenda do Sarney e o PiG (*) não sabia que o Sarney é o Sarney.

. O Roberto Marinho governou o Brasil através de Antonio Carlos Magalhães, Ministro das Comunicações de Sarney, e o PiG (*) não sabia que o Sarney é o Sarney.

. Sarney tomou uma empresa do Mario Garnero para dar ao Roberto Marinho, e o PiG (*) não sabia que o Sarney é o Sarney.

. Sarney acertou as contas da Telemontecarlo com uma operação de câmbio do Roberto Marinho e o PiG (*) não sabia que o Sarney é o Sarney.

. O Sarney arrumou para os filhos uma retransmissora da Globo no Maranhão e o PiG (*) não sabia que o Sarney é o Sarney.

. Sarney segurou um congelamento de preços para segurar o Cruzado e ganhar uma eleição, e o PiG (*) não sabia que o Sarney é o Sarney.

. Sarney arranjou um ano a mais de mandato para atrapalhar o Lula e o Brizola, e o PiG (*) não sabia que o Sarney é o Sarney

. Agora, o PiG (*) descobriu que o Sarney é o Sarney.

. Quem mandou o Sarney jurar que pega o Serra na esquina, pelo que o Serra fez à filha dele, em 2002 ? (***)

. Quem mandou o Sarney apoiar o Lula ?

. (Essas inúteis considerações nasceram de sugestão de amigo navegante que voltou de uma semana no exterior e se estarreceu: o PiG (*) descobriu que o Sarney é o Sarney !
)

Paulo Henrique Amorim

Nota do Thalera: alguém já se perguntou por que o senhor feudal do Estado mais atrasado da Federeção, o Maranhão, é Senador pelo Estado do Amapá??? Conheço uma pessoa que afirma com 100% de convicção que a família Sarney é a maior traficante de madeira do Brasil... daí o poder no Amapá!!!
Como diz a Folha de S. Paulo: não se pode dizer que é verdade, mas também que é mentira...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Todos a postos para a guerra contra o demônio iraniano?


por Paul Craig Roberts, Counterpunch

Tradução: Coletivo Política para Todos

Que atenção merecem, da mídia dos EUA, eleições no Japão, na Índia, na Argentina, onde for? Quantos norte-americanos e jornalistas norte-americanos algum dia ouviram falar de que há vida eleitoral em outros países além de Inglaterra, França e Alemanha? Quem sabe dizer o nome de algum político importante da Suíça, da Holanda, do Brasil, do Japão ou, mesmo da China?

Pois é. Mas milhões de norte-americans conhecem o presidente do Iran, Ahmadinejad. A razão é óbvia. O presidente do Iran é diariamente demonizado pela mídia dos EUA.

A demonização de Ahmadinejad pela mídia dos EUA é, ela própria, prova da ignorância da imprensa e dos cidadãos norte-americanos.

O presidente do Iran manda muito pouco. Não é o comandante-em-chefe das Forças Armadas. Não tem poder para definir políticas próprias. É simples executor de políticas definidas pelos aiatolás. Os aiatolás, esses, sim, estão decididos a impedir que a revolução popular democrática iraniana seja arrendada pelo dinheiro dos EUA e convertida em algum tipo de 'sub-revolução' codificada pela CIA em tabelas em tons degradés de vermelho.

Os iranianos têm experiência muito amarga com governos dos EUA. A primeira eleição democrática iraniana, depois de o Iran ter sobrevivido à ocupação e à colonização, nos anos 50, foi desqualificada, de fato, foi destruída pelo governo dos EUA. Em lugar do candidato legítima e democraticamente eleito, os EUA impuseram um ditador que torturou e assassinou dissidentes cujo único 'crime' foi lutar por um Iran independente, que não fosse mais um fantoche norte-americano na Região.

O 'superpoder' que governa os EUA jamais perdoou os aiatolás islâmicos pelo sucesso da revolução democrática iraniana dos anos 70s, que derrubou aquele governo fantoche lá instalado e tomou como reféns o pessoal diplomático na embaixada dos EUA, definida como "covil de espiões", enquanto estudantes iranianos desenterravam, dos cofres daquela embaixada, todos os documentos necessários para provar que os EUA trabalhavam dia e noite para destruir a democracia iraniana.

A mídia corporativa controlada pelo governo dos EUA é um perfeito Ministério da Propaganda, respondeu à reeleição de Ahmadinejad com uma tempestade de noticiário sobre os 'violentos protestos' contra eleição que teria sido fraudada.

A fraude eleitoral que não houve foi apresentada como fato, mesmo sem haver uma única evidência de qualquer fraude. Durante o governo de George W. Bush/Karl Rove, a única resposta da mídia dos EUA a eleições comprovadamente fraudadas foi ignorar todas as evidências de fraude real em eleições roubadas.

Líderes fantoches na Inglaterra e na Alemanha alinharam-se imediatamente à operação de guerra psicológica liderada pelos EUA. O muito desacreditado secretário de Relações Exteriores da Inglaterra, David Miliband, resfolegava, de tanta pressa para manifestar "sérias dúvidas" sobre a vitória de Ahmadinejad, num encontro de ministros da União Europeia em Luxembourg. Miliband, é claro, não recebe informações de fontes independentes. Sempre, e só, repete instruções que recebe de Washington e confia no que diga o candidato derrotado nas urnas, no Iran, mas preferido do governo dos EUA.

Angela Merkel, Chanceler alemã, também foi dominada; dobraram-lhe o braço. Mandou chamar o embaixador iraniano e disse que exigia "mais transparência" nas eleições.

Até a esquerda norte-americana endossou o golpe de propaganda do governo dos EUA. Em seu blog nem The Nation, Robert Dreyfus reproduziu as frases histéricas de um dissidente iraniano, como se ali falasse a voz da verdade sobre "eleições ilegítimas" que levariam a um "golpe de Estado".

Qual, afinal, é a fonte das informações que a mídia nos EUA e em todos os Estados fantoches repete sobre as eleições iranianas? Fonte? Não há fonte. Todos só fazem repetir os discursos do candidato derrotado, que os EUA 'prefeririam' ver eleito.

Houve pelo menos uma pesquisa séria, independente, conduzida no Iran, antes das eleições. Ken Ballen, do Center for Public Opinion, organização sem fins lucrativos; e Patrick Doherty, da New America Foundation, também sem fins lucrativos, comentaram os resultados de suas pesquisas, ontem, 15/6, no Washington Post.

A pesquisa foi financiada pelo Rockefeller Brothers Fund e conduzida em Farsi, "por empresa de pesquisas que opera na região para as redes ABC News e BBC e já premiada com um prêmio Emmy" (Washington Post, 15/6/2009, "Pesquisa Ballen-Doherty, http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2009/06/14/AR2009061401757.html?nav=rss_opinion/columns).

Os resultados dessa pesquisa, a única fonte de informação confiável que há hoje, indicam que o resultado eleitoral manifesta o desejo dos eleitores iranianos. Dentre outras informações interessantíssimas que a pesquisa revela, lê-se:

"Muitos especialistas têm repetido que a vitória do atual presidente Máhmude Ahmadinejad teria sido resultado de fraude ou manipulação, mas a pesquisa de opinião pública que fizemos em todo o Iran, três semanas antes da eleição, já mostrava que Ahmadinejad podia esperar ser eleito no primeiro turno, com maioria significativa, e, de fato, pelos nossos resultados, com diferença ainda maior do que a que se constatou na apuração final dos votos".

Ao mesmo tempo em que todos os noticiários ocidentais com notícias de Teeran repetiam que haveria crescimento nas expectativas eleitorais a favor de Mir Hossein Moussavi, todos os nossos resultados de pesquisa, com dados recolhidos em todas as 30 províncias do Iran, já mostravam enorme diferença a favor de Ahmadinejad nas intenções de voto.

A acentuada preferência dos eleitores pelo candidato Ahmadinejad já era muito evidente desde nossas primeiras pesquisas. Durante a campanha, por exemplo, Moussavi esforçou-se por identificar-se como "Azeri" (o segundo maior grupo étnico na composição populacional do Iran, depois dos persas), com vistas a atrair o voto dos Azeri. Nossa pesquisa mostrou claramente que também entre os Azeri, Ahmadinejad venceria Moussavi, também com mais que o dobro dos votos.

Também falou-se da juventude iraniana e da Internet como fatores decisivos nas eleições. Nossa pesquisa mostrou que menos de 1/3 dos iranianos têm acesso a internet, o que é insuficiente para que a internet possa ser considerado fator decisivo; e que o grupo dos jovens (18-24 anos) é, dentre todos os grupos etários, o que manifesta mais acentuada diferença a favor de Ahmadinejad.

Os únicos grupos sociodemográficos no quais a pesquisa identificou preferência mais significativa pelo candidato Moussavi (embora nem aí Moussavi apareça em primeiro lugar em todos os subgrupos) são o grupo identificado como "estudantes universitários e profissionais liberais" e o grupo identificado como "mais alta renda nacional".

Quando nossa pesquisa foi realizada, quase 1/3 dos iranianos declararam-se indecisos. Mesmo assim, todas as tendências que traçamos, por procedimentos estatísticos regulares e conhecidos, espelham os resultados finais apresentados pelas autoridades iranianas (todos esses procedimentos podem ser auditados e confirmados, a partir dos dados do relatório da pesquisa), o que confirma que os resultados eleitorais apresentados sejam rigorosamente autênticos, sem que se justifique qualquer suspeita de fraude."

Vários jornais e jornalistas têm insistido em noticiar que haveria em andamento um plano para desestabilizar o Iran. Há quem fale de os EUA financiarem ataques terroristas, bombas e assassinatos no Iran. Parte da mídia nos EUA usa esses informes como ilustração de autopromoção do poder dos EUA para controlar e manter sob 'rédea curta' países 'dissidentes'; essa parte da mídia favorece o terror como política admissível contra esses países 'dissidentes'. Outra parte da mídia, na maioria a mídia estrangeira, vê esse tipo de noticiário como evidência da inerente imoralidade do governo norte-americano.

Ex-comandante militar paquistanês, o general Mirza Aslam Beig, disse à Rádio Pashtum, na 2ª-feira, 15/6, que o serviço secreto paquistanês tem provas irrefutáveis de que os EUA trabalharam para tentar alterar o resultado das eleições no Iran. "Há provas de que a CIA gastou 400 milhões de dólares em território iraniano para fazer eclodir uma revolução 'pacífica', 'colorida', contra o governo dos aiatolás, imediatamente depois das eleições."

O sucesso dos EUA ao financiar outras revoluções 'coloridas' na Georgia e Ucrânia e em outras partes do ex-império soviético tem sido tema muito repetido na mídia dos EUA. Para a mídia norte-americana, todos esses 'feitos' seriam manifestação da onipotência 'natural', do direito 'natural' dos EUA, como principal potência do mundo ocidental. Para parte da mídia estrangeira, seriam sempre evidência de que os EUA jamais deixaram de tentar intervir nos assuntos internos de outros países.

No campo objetivo das probabilidades estatísticas, é mais provável que Mir Hossein Moussavi seja mais um fantoche alugado para servir a interesses inconfessáveis dos EUA, do que tenha sido vítima de alguma espécie de fraude eleitoral.

Sabe-se que o governo dos EUA sempre usou instrumentos de guerra psicológica tanto contra os próprios norte-americanos como contra estrangeiros, nos EUA ou fora dos EUA. Em todas essas operações de guerra psicológica a mídia sempre foi instrumento privilegiado, nos EUA e em outros países. Há inúmeros estudos sobre isso.

Consideremos a eleição iraniana do ponto de vista do bom-senso do cidadão comum. Nem eu nem a enorme maioria dos leitores de jornal ou dos públicos telespectadores somos especialistas em Iran.

Alguém supõe que, se meu país vivesse sob constante ameaça de ser atacado (sob ameaça também de ataque nuclear e, isso, sem falar das sanções econômicas!), e se a ameaça viesse de dois países muito mais fortemente armados que o meu (como é o caso do Iran – que vive sob eterna ameaça de ser atacado ou pelos EUA ou por Israel ou por ambos!)... alguém supõe que eu ou você desistiríamos de tentar defender nosso país... para eleger algum candidato que aparecesse... e que interessasse aos EUA, a Israel ou a ambos?!

Passa pela cabeça de alguém que a maioria do povo iraniano teria votado para eleger um candidato que a maioria do povo vê como fantoche dos EUA e de Israel... e que a maioria do povo vê como interessado em converter o Iran em mais um Estado-fantoche dos EUA e de Israel?

A sociedade iraniana é antiga e sofisticada. Os intelectuais são, na maioria, seculares. Uma pequena fração da juventude foi fisgada pelos 'ideais' ocidentais de culto obcecado da satisfação pessoal, do interesse individual, da auto-dedicação aos interesses pessoais. Essas pessoas podem muito facilmente ser organizadas mediante o sempre abundante dinheiro dos EUA para esse tipo de operação 'especial', para fazer oposição ao governo eleito e ao pensamento social islâmico que, sim, impõe limitações ao comportamento individual.

Os EUA estão usando esses iranianos ocidentalizados como base de manobra para, a partir deles, desacreditar as eleições iranianas e o governo legitimamente eleito pela maioria dos iranianos.

Dia 14/6, o McClatchy Washington Bureau, que várias vezes até tenta investigar a fundo as próprias notícias, cedeu também à guerra de propaganda de Washington e publicou: "O resultado das eleições no Iran dificulta ainda mais a já dificílima tarefa de Obama." O que aí se vê são os primeiros movimentos do que, adiante, será a feia caratonha de um "fracasso da diplomacia", que abrirá caminho para uma 'inevitável' intervenção militar. Já aconteceu outras vezes.

(...) O grande poder super-macho está decidido a recuperar a hegemonia que teve sobre o Iran e os iranianos; será a revanche com que os EUA sonham contra os aiatolás que, sim, derrotaram completamente os EUA em 1978.

O script é esse. Para assistir aos capítulos, basta acompanhar, minuto a minuto a televisão nos EUA.

Não faltarão 'especialistas' para explicar o script. Por exemplo, um, colhido ao acaso dentre muitos, lá estava Gary Sick, ex-funcionário do Conselho de Segurança Nacional, atualmente professor na Universidade de Columbia:

"Se tivessem sido mais modestos e anunciado vitória de Ahmadinejad com 51% dos votos" – disse Sick –, os iranianos desconfiariam, mas acabariam aceitando. Mas o governo dizer que Ahmadinejad venceu com 62,6% dos votos? Não, não é crível."

"Parece-me", continuou Sick, "que estamos realmente num ponto de virada decisivo na Revolução Iraniana, de uma posição em que se dizia que a legitimidade da revolução estava no apoio popular, para uma posição que depende cada vez mais da repressão. A voz do povo está sendo ignorada."

Bullshit. Opinionismo sem qualquer fundamento. A única referência confiável, de pesquisa séria que há sobre as eleições iranianas, é a pesquisa citada acima, que o Washington Post publicou. A pesquisa demonstrara, três semanas antes das eleições, que Ahmadinejad era o candidato preferido de mais da metade do universo de eleitores.

Mas nenhuma pesquisa séria interessa. Reinam as regras da propaganda e da mentira. Nada tem a ver com fatos. Reinam as regras da hegemonia que os EUA sempre viveram de impor a outros povos.

Consumidos por esse vício de aspirar cada vez mais ao poder hegemônico, os EUA atropelam qualquer equilíbrio, qualquer moralidade. A democracia que se dane! E assim prosseguirão o script e as ameaças contra todo o mundo, até que os EUA afundem-se, eles mesmos, cada vez mais, para o fundo do poço: falidos, quebrados, no plano interno; e isolados, no plano internacional, universalmente desprezados.

*Paul Craig Roberts foi secretário-assistente do Tesouro no governo Reagan. É co-autor de The Tyranny of Good Intentions.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Blog da Petrobras...


Este blogueiro que vos fala é completamente contra a CPI da Petrobras. Alguns poderes rondam as elites de nosso país. São os mesmos poderes que rondam toda a América Latina.
Há séculos que o domínio financeiro, público, midiático e global estão nas mãos de poucos. O poder sempre foi passado de geração em geração. A escravidão da maioria é necessidade básica para este pessoal.
O brasileiro sempre foi rebelde, malandro. Teremos de continuar assim para defender o que é nosso. Ou os fantoches dos poderosos, que "trabalham" no Congresso Nacional, continarão, sem descansar, a tentar vender o Brasil por migalhas. E são sempre os mesmos (gente do PSDB e DEM, entre outros).
Não vamos deixar isso acontecer. Não vamos virar putas dos que sempre tiveram o poder. Não no Brasil!!!
Um dos nossos maiores patrimônios, a Petrobras, está sendo alvo de uma sinistra batalha pelo seu comando. Não vamos deixar isso acontecer - perdê-la -, JAMAIS!!! Vamos lutar, revolucionar este país.
Uma iniciativa que achei "duca" foi o blog criado pela empresa. Um dos maiores motivos desta empreitada, na minha opinião, é desmascarar quem está por trás do golpe de vender o Brasil. E vamos com a Petrobras escrachar a mídia, os políticos e empresários comprados para vender o que é nosso!!!

Clique aqui para ir ao Blog da Petrobras... que também já está na lista de blogs ao lado direito!!!

THALES

domingo, 7 de junho de 2009

Os 1.150 jornalistas da Petrobras...


por Luiz Carlos Azenha

Eu já passei por isso. Já senti isso na própria pele.

Eu era repórter da TV Globo. Estavam andamento três CPIs no Congresso. A CPI do Mensalão. A CPI dos Correios. No Senado, a CPI do Fim do Mundo.

Eu acreditava piamente que as CPIs se destinavam a esclarecer.

Colaborei com uma delas, a CPI dos Correios, ao fazer uma denúncia de uso de caixa dois na campanha do PT em Goiás. Denúncia baseada em dados cristalinos. Mas estranhei: quando o acusado foi depor e disse que tinha ajudado outros partidos além do PT, a denúncia foi "arquivada".

Ou seja, vi com meus próprios olhos: acusar o PT, tudo bem; acusar o PSDB ou o PFL, aí não é notícia. Ou é menos notícia.

Isso em 2005/2006.

Agora, véspera de ano eleitoral, a manobra é a mesma. CPI das ONGs + CPI da Petrobras. É a oposição em campanha, com a colaboração da mídia corporativa.

Vale qualquer acusação. Publica primeiro para checar depois. O objetivo é estabelecer que a Petrobras é um tremendo cabide de emprego e que o "aparelhamento" serve ao atual governo.

Esse é o "modus operandi".

Um, de muitos exemplos: um jornal paulista publica que a Petrobras tem 1.150 jornalistas. A empresa desmente. Mas o jornal não publica desmentido com o mesmo destaque da acusação. Aliás, nem publica o desmentido.

A quem serve o jornal?

Bem ao estilo brasileiro...